“Quando entendemos que são essas mudanças que dão
graça à vida, olha aí a gente mudando de novo.”
(Propaganda da Coral Tintas)
A chegada da Copa do Mundo 2018 trouxe
com ela algo que eu nunca imaginei que ela me traria: uma reflexão. Do nada,
minha memória me levou por um breve passeio até a Copa anterior. O ano era 2014
e, como sempre, eu fugia dos jogos. Enquanto todo mundo torcia pelo Brasil, eu
lia um livro, assistia a algum episódio atrasado de série ou, às vezes,
simplesmente dormia – quando os gritos e fogos de artifício permitiam.
Meu namorado, que já estava
comigo há duas Copas, me acompanhava nessa programação alternativa. De alguns
jogos eu não precisei fugir, porque eles aconteceram no horário de expediente.
Era minha primeira Copa trabalhando naquele lugar.
Eu era feliz no meu emprego.
Cerca de um ano depois daquela Copa, tudo desandou. Eu era feliz no meu
relacionamento. Passados dois anos da Copa, o namoro acabou.
De volta a 2018, percebo o quanto
as coisas mudaram desde então. Eu tenho outro emprego. Eu conheci alguém, me apaixonei, me lasquei, me perdi, me perdoei, me
encontrei, me rendi. No fim das contas, eu noivei. É incrível o que quatro anos
fazem na vida da gente.
Pessoas entraram e saíram da
minha vida. Eu desapeguei e deixei pra trás muita coisa que já não me fazia
bem. Eu concluí uma especialização e comecei outra. Abri mão de alguns sonhos e
realizei outros tantos. Eu mudei.
Agora faltam três anos pra
próxima Copa. Não sei como estará minha vida até lá. Provavelmente já serei uma
senhora casada. Filhos? Acho que não. Vida no exterior? Espero que sim. Outro
emprego de novo? Bem provável. Nenhuma certeza, só a de que muita coisa vai
mudar. Daqui a uma Copa te conto!
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